quinta-feira, 3 de julho de 2014

{Psicologia} A Técnica do Tempo Fora - Time Out

Em primeiro lugar a técnica do tempo fora (time-out) não é um castigo, pois refletir e pensar sobre o nosso comportamento, não pode ser entendido como algo mau ou negativo pela criança. Não se esqueçam que a reflexão e o pensamento fazem parte do processo de aprendizagem (escolar e da vida).  

A diferença é que o castigo consiste numa punição, ou seja, a criança é punida/castigada mediante a retirada de algo que ela gosta, algo que lhe dá prazer. Exemplos: castigada sem ver TV, castigada sem video-game, castigada sem poder ir brincar/jogar a bola com os amigos, etc.

Quando utilizar a técnica do tempo fora (time-out)?
Eu costumo recomendar e utilizar esta técnica para reestabelecer o equilibrio da situação e das emoções do momento, tanto da criança como do adulto. Reestabelecer o equilibrio como assim? Duas crianças a brincar e de repente uma bate na outra, começa a briga, começa o choro. Vou bater nas crianças para as repreender? Vou dizer a criança que bateu primeiro para ficar quieta para que a outra bata nela? Vou por fim à brincadeira? NÃO.

Utilizando está técnica eu explicaria (sem gritar, isto é muito importante) as crianças que bater e brigar está errado e as separaria para dar tempo de elas assimilarem a minha informação e o porque de irem para um cantinho separado, pensarem sobre o assunto e acalmarem os “nervos”.   

E o adulto? Também pode utilizar a técnica do tempo fora? Sim. Quando? A situação é tão estressante o comportamento da criança é considerado grave dentro daquilo que consideramos como permitido e não permitido, que a nossa reação nesse momento poderia ser bastante violenta, ou não temos certeza absoluta sobre o que fazer ou dizer à criança acerca do seu comportamento nesse momento que precisamos parar respirar fundo, refletir e pensar sobre o assunto para depois intervir. Pegamos na criança e retiramos do local da “infração”, informamos onde deve ficar e por quanto tempo (local sem distrações) e que depois voltamos para conversar com ela. Estes são dois exemplos de como utilizar está técnica.

O que temos de ter em mente é que o objetivo é retirar a criança do local da traquinice e colocá-la sentada num lugar sem distrações. Sem esquecer de explicar o porque desta nossa decisão/atitude, o tempo (minutos equivalentes à idade da criança) que deve permanecer ali e que só deve sair de lá depois de se acalmar e o adulto autorizar.

Com o uso desta técnica estaremos ajudando a criança a controlar-se internamente, a acalmar-se e pensar sobre o que fez. O mesmo efeito terá no adulto em situações mais “extremas”, em que poderá aproveitar este tempo igualmente para se acalmar e não se arrepender depois de uma punição excessiva ou com efeitos negativos sobre o filho.

A repreensão verbal pode vir antes ou depois do tempo de reflexão, pois tanto criança como adulto devem estar calmos e com auto controle. A criança para ouvir e entender e o adulto para não gritar e poder se explicar.   


Atenção! O quarto ou um cantinho no quarto da criança nunca deve ser utilizado como o “cantinho da reflexão”. O quarto da criança deve ser o lugar mais seguro para ela, o local de maior prazer, não deve em momento algum ser associado a aspetos negativos. E por estas mesmas razões de ser o lugar de prazer para a criança (pelos brinquedos que lá possa encontrar), permitirá distrações, tanto físicas como psicológicas, que desviarão o pensamento da criança das consequências do seu comportamento inadequado.

Ps: Acho que queria dizer algo mais mas as ideias voaram rsrsrsrs. Quando lembrar atualizo o post.


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